segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Anne Frank

O esconderijo secreto fica na Rua Prinsengracht, 263, em Amsterdã (Holanda). Eram cômodos escondidos nos fundos de uma fábrica, onde Anneliese Frank escreveu a maior parte de seu diário, um dos símbolos da perseguição aos judeus durante o regime de Hitler.

Chamada pelos pais de Anne, a filha do comerciante judeu Otto Frank emigrara com a família para Amsterdã em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha.

Quando Anne completou 13 anos de idade, ela ganhou um caderno para diário, encapado com tecido xadrez vermelho e verde e fechado por um fecho simples, sem chave. Nesse mesmo dia ela escreveu: "Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (12 de junho de 1942).

No dia 14 de junho de 1942, ela começou a escrever sobre a ocupação na Holanda. Um mês após seu aniversário, para evitar a prisão pela polícia nazista, a família se mudou para o anexo secreto onde Anne escreveu grande parte de seu diário.

Assim começou o cotidiano do esconderijo onde vivia com os pais, a irmã e mais quatro pessoas. Foram 25 meses de medo. A tensão era enorme para manter o silêncio absoluto durante o dia. A fábrica funcionava normalmente, e somente alguns empregados sabiam do anexo. Por isso, as pessoas só podiam andar de cócoras descalças, ficar sentadas e sussurrar. Apenas uma escada e uma estante as separavam do resto do armazém.

A entrada na clandestinidade foi planejada por Otto Frank e alguns empregados. Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl alimentaram os Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. "Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros", escreveu Anne.

Mas ela não perdia a esperança. Queria ser escritora. Por isso, em 1944, reescreveu o começo do diário, para uma futura publicação como cartas a uma amiga imaginária, Kitty. Como qualquer adolescente, ela descobria sua sexualidade em um breve idílio com Peter, outro garoto escondido no anexo.

O esconderijo, porém, foi descoberto na manhã do dia 4 de agosto de 1944, e os clandestinos ficaram numa prisão em Amsterdã até o dia 8, quando foram transferidos para Westerbork, campo de triagem para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro, foram deportados para Auschwitz (Polônia).

Anne e Margot, sua irmã, foram separadas dos pais e transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover (Alemanha), onde morreram de tifo. O único sobrevivente foi Otto Frank, libertado pelo exército russo e repatriado para Amsterdã, onde recebeu o diário, protegido por Miep Gies. Ele dedicou-se a espalhar as mensagens de sua filha até morrer em agosto de 1980.

"Cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. (...) Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não me conhecem", escreveu Anne em seu diário, de certa forma profeticamente. Chamada pelos pais de Anne, a filha do comerciante judeu Otto Frank emigrara com a família para Amsterdã em 1933, após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha.

Quando Anne completou 13 anos de idade, ela ganhou um caderno para diário, encapado com tecido xadrez vermelho e verde e fechado por um fecho simples, sem chave. Nesse mesmo dia ela escreveu: "Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (12 de junho de 1942).

No dia 14 de junho de 1942, ela começou a escrever sobre a ocupação na Holanda. Um mês após seu aniversário, para evitar a prisão pela polícia nazista, a família se mudou para o anexo secreto onde Anne escreveu grande parte de seu diário.

Assim começou o cotidiano do esconderijo onde vivia com os pais, a irmã e mais quatro pessoas. Foram 25 meses de medo. A tensão era enorme para manter o silêncio absoluto durante o dia. A fábrica funcionava normalmente, e somente alguns empregados sabiam do anexo. Por isso, as pessoas só podiam andar de cócoras descalças, ficar sentadas e sussurrar. Apenas uma escada e uma estante as separavam do resto do armazém.

A entrada na clandestinidade foi planejada por Otto Frank e alguns empregados. Miep Gies, Johannes Kleiman, Victor Krugler e Bep Voskuijl alimentaram os Frank, os Van Pels e Fritz Pfeffer. "Não poder sair me deixa mais chateada do que posso dizer, e me sinto aterrorizada com a possibilidade de nosso esconderijo ser descoberto e sermos mortos a tiros", escreveu Anne.

Mas ela não perdia a esperança. Queria ser escritora. Por isso, em 1944, reescreveu o começo do diário, para uma futura publicação como cartas a uma amiga imaginária, Kitty. Como qualquer adolescente, ela descobria sua sexualidade em um breve idílio com Peter, outro garoto escondido no anexo.

O esconderijo, porém, foi descoberto na manhã do dia 4 de agosto de 1944, e os clandestinos ficaram numa prisão em Amsterdã até o dia 8, quando foram transferidos para Westerbork, campo de triagem para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro, foram deportados para Auschwitz (Polônia).

Anne e Margot, sua irmã, foram separadas dos pais e transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, perto de Hannover (Alemanha), onde morreram de tifo. O único sobrevivente foi Otto Frank, libertado pelo exército russo e repatriado para Amsterdã, onde recebeu o diário, protegido por Miep Gies. Ele dedicou-se a espalhar as mensagens de sua filha até morrer em agosto de 1980.

"Cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. (...) Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não me conhecem", escreveu Anne em seu diário, de certa forma profeticamente.

Frase do Dia - “ Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar bons caminhos, mas a formação final do caráter de uma pessoa está em suas próprias mãos.” 
- Anne Frank

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

10 Marcas Famosas, que contrubui para o crescimento do Nazismo.

1. KODAK

Durante a Segunda Guerra Mundial uma filial alemã da Kodak usou trabalhadores escravos vindos dos campos de concentração. Várias outros ramos europeus da Kodak fizeram alianças com o governo nazista. Wilhelm Keppler, um dos principais assessores econômicos de Hitler, tinha ligações profundas na Kodak. Quando o nazismo começou, Keppler aconselhou à Kodak e várias outras empresas norte-americanas a demitir todos os empregado judeus em troca de benefícios.

2. HUGO BOSS

Na década de 30, Hugo Boss começou a fazer uniformes nazistas. O motivo: o próprio Hugo Boss tinha aderido ao partido nazista e fechou um contrato para fazer uniformes da Juventude Hitlerista e da SS. Esse foi um ótimo negócio para Hugo Boss. Assinou um contrato apenas oito anos depois de fundar sua empresa e foi esse contrato que ajudou a levar a empresa a outro nível. A fabricação dos uniformes nazista teve tanto sucesso que Hugo Boss acabou tendo de trazer trabalhadores escravos da Polônia e da França para ajudar na fábrica.

3. VOLKSWAGEN

Ferdinand Porsche, o homem por trás da Volkswagen e Porsche, reuniu-se com Hitler em 1934 para discutir a criação de um "carro do povo" (essa é a tradução em português de Volkswagen). Hitler disse Porsche fazer um carro com uma forma simplificada, "como um besouro". E esse foi o nascimento do Fusca/Beetle... Não só foi projetado para a guerra e os nazistas como o próprio Hitler o nomeou. Durante a Segunda Guerra Mundial, quatro a cada cinco trabalhadores em fábricas da Volkswagen eram trabalhadores escravos. Ferdinand Porsche ainda tinha conexão direta com Heinrich Himmler, um dos líders da SS para solicitar diretamente escravos de Auschwitz.

4. BAYER

Durante o Holocausto, uma empresa alemã chamad IG Farben fabricava o gás Zyklon B usado nas câmaras de gás nazistas. Eles também financiaram e ajudaram as "experiências" - Josef Mengele em prisioneiros de campo de concentração. IG Farben foi a empresa que teve os maiores lucros com os nazistas. Depois da guerra a empresa "quebrou" e reabriu com o nome de BAYER (Friedrich Bayer, o mesmo fundador da IG Farben). A Aspirina foi criada por um empregado da BAYER, Arthur Eichengrun. Mas Eichengrun era judeu e Bayer não quis admitir que um judeu havia criado um produto que mantinha sua empresa. Assim, até hoje, Bayer oficialmente deu os créditos a Felix Hoffman, um homem ariano, pela criação da Aspirina.

5. SIEMENS

A SIEMENS levou trabalhadores escravos durante o holocausto e os forçou a construir as câmaras de gás que iriam matá-los, assim como suas famílias. SIEMENS é a única também que teve seu grande momento pós-Holocausto de qualquer outra dessa lista. Em 2001 eles tentaram registrar a marca "Zyklon" (ciclone em alemão) para tornar o nome de uma nova linha de produtos...incluindo uma linha de fornos a gás. Zyklon era o nome do gás venenoso usado nas câmaras de gás durante o Holocausto. Uma semana mais tarde, depois de muitos grupos se manifestarem contra a empresa, a SIEMENS retirou o pedido.

6. COCA-COLA

Mais especificamente a FANTA. A COCA-COLA jogou dos dois lados durante a Segunda Guerra. Eles apoiaram tanto as tropas americanas quanto as alemãs. Em 1941, a filial alemã da COCA-COLA ficou sem o xarope para produzir a bebida e não podiam adquiri-lo dos EUA devido as sanções do tempo de guerra. Contrataram trabalho escravo e desenvolveram uma nova bebida especificamente para os nazistas: Um refrigerante com sabor de frutas chamado FANTA. Durante muito tempo a FANTA foi associada a mulheres exóticas cantando um jingle nazista horrível e foi a bebida oficial da Alemanha nazista.

7. FORD

Henry Ford foi um grande lendário anti-semita. Ele era o mais famoso defensor estrangeiro de Hitler. Em seu 75º aniversário, em 1938, Ford recebeu uma medalha nazista, concebida para "estrangeiros ilustres". Ele lucrou de ambos os lados da guerra - produzia veículos para os nazistas e para os aliados.

8. IBM

A IBM construiu máquinas personalizadas para os nazistas com quais eles podiam usar para controlar tudo, do fornecimento de petróleo, os horários dos trens em campos de morte até em controlar as contas bancárias de judeus vítimas do Holocausto. Em setembro de 1939 quando a Alemanha invadiu a Polônia, o New York Times informou que aproximadamente 3 milhões de judeus iam ser "imediatamente retirados" da Polônia e provavelmente seriam "exterminados". A reação da IBM? Um memorando interno disse que devido à "situação", eles teriam que aumentar a produção de equipamentos o mais rápido possível para os nazistas.

9. BMW

A BMW admitiu que utilizou até 30.000 trabalhadores forçados durante a guerra. Estes prisioneiros de guerra, trabalhadores escravos e presos dos campos de concentração, produziram os motores para a Luftwaffe e foram obrigados a ajudar o regime defendendo daqueles que estavam tentando salvá-los. A BMW centrada unicamente nos aviões e motocicletas durante a guerra, não tinha outra pretensão a não ser a fornecedora da maquinaria de guerra dos nazistas.

10. GENERAL ELECTRIC

Em 1946 a General Electric recebeu uma multa por parte do governo americano por suas nefastas atividades durante a guerra. Ekm colaboração com Krupp, uma empresa produtora alemã, General Electric de forma intencionada e artificial subiu o preço do Carbeto de tungstênio, um material de vital importância para os metais das máquinas e armas necessárias para a guerra, dificultando o esforço para ganhar a guerra e aumentando o custo para derrotar os nazistas. GE também comprou ações da Siemens antes que começasse a guerra, transformando em cúmplice do uso da mão de obra escrava para construir as mesmas câmaras de gás onde muitos dos trabalhadores afetados faleceram. Há quem diga que até hoje, o logo da GE leva uma suástica estilizada.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Você Sabia ?

Volkswagem significa carro do povo alemão famoso fusquinha foi criado por  Ferdinand Porsche a mando de Adolf Hitler, que queria um carro popular, de boa qualidade ,que pudesse quebrar os privilégios automobilísticos da classe rica.
Quando Hitler chegou ao poder,em 1933,a Alemanha só tinha um carro para cada 100 habitantes,enquanto a França tinha 28 e os EUA um para cada seis.
Apaixonado por carros,ele decidiu que cada alemão teria um carro popular.
Em 1933 um assessor de Hitler procurou Ferdinad Porsche,que já vinha elaborando planos para um carro popular.
Hitler na verdade,não fez um convite,mas uma intimação,Porsche deveria produzir um carro que pudesse transportar de quatro a cinco adultos,atingir uma velocidade de 100 Km por hora,fazer 14quilômetros por hora e custar abaixo de mil marcos.
Era uma missão quase impossível,até porque Hitler queria que a prestação fosse apenas 20 marcos mensais,mas Porsche,sem saída acabou aceitando.
Inicialmente, Hitler pretendia dar o projeto para as quatros principais montadoras do país,mas depois mudou de idéia e resolveu criar uma estatal,a Volkswagem,para produzir o novo carro.
A fábrica foi inaugurada em 1937 e muitos alemães aderiram ao consórcio.
Mas não chegaram a receber seus novos carros,com o início da guerra,toda a produção foi destinada a carro de guerra.
Aliás,o Fusca fez muito sucesso na II Guerra.

Era um carro confiável que não quebrava mesmo em situações extremas como o front africano,dizia-se que ele passava passar até mesmo onde um camelo não conseguia passar.

Mais Informações: http://bilizeus.spaceblog.com.br/192050/E-verdade-que-o-fusca-foi-ideia-de-Hitler/

sábado, 4 de outubro de 2014

Julgamentos de Nuremberg

O termo Jubiley aponta inicialmente para a abertura dos primeiros processos contra os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, dirigentes do nazismo, ante oTribunal Militar Internacional (TMI) (International Military Tribunal, IMT), entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro de 1946), na cidade alemã de Nuremberg.
Após estes julgamentos, foram realizados os Processos de Guerra de Nuremberg, que também levam em conta os demais processos contra médicosjuristas, pessoas importantes do Governo entre outros, que aconteceram perante o Tribunal Militar Americano e onde foram analisadas 117 acusações contra os criminosos

 Processos no caso Nuremberg

Caso II - Processo Milch2 de janeiro - 17 de abril de 1947
Caso IV - Processo Pohl13 de janeiro - 3 de novembro de 1947
Caso V - Processo Flick18 de abril - 22 de dezembro de 1947
Caso VI - Processo IG Farben14 de agosto de 1947 - 30 de julho de 1948
Caso VIII - Processo RuSHA1 de julho de 1947 - 10 de março de 1948
Caso IX - Processo Einsatzgruppen15 de setembro de 1947 - 10 de abril de 1948
Caso X - Processo Krupp8 de dezembro de 1947 - 31 de julho de 1948
Caso XI - Processo Wilhelmstraßen4 de novembro de 1947 - 14 de abril de 1948

Caso XII - Processo contra o Alto Comando30 de dezembro de 1947 - 29 de outubro de 1948

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Acusados e suas penas

NomeCargoCondenação
Martin BormannVice-líder do Partido Nazi e secretário particular do FührerMorte por enforcamento (In absentia)
Karl DönitzPresidente da Alemanha e comandante da Kriegsmarine10 anos
Hans FrankGovernador-geral da PolôniaMorte por enforcamento
Wilhelm FrickMinistro do Interior, autorizou as Leis de NurembergMorte por enforcamento
Hans FritzscheAjudante de Joseph Goebbels no Ministério da PropagandaAbsolvido
Walther FunkMinistro de EconomiaPrisão perpétua
Hermann GöringComandante da Luftwaffe, Presidente do Reichstag e Ministro da Prússia.Morte por enforcamento (suicidou-se antes de ser enforcado)
Rudolf HessVice-líder do Partido NaziPrisão perpétua
Alfred JodlChefe de Operações do OKW OKWMorte por enforcamento
Ernst KaltenbrunnerChefe do RSHA e membro de maior escalão da Schutzstaffel vivo.Morte por enforcamento
Wilhelm KeitelChefe do OKW (Oberkommando Der Wehrmacht)Morte por enforcamento
Gustav KruppIndustrial que usufruiu de trabalho escravoAcusações canceladas por saúde debilitada
Robert LeyChefe do Corpo Alemão de TrabalhoSuicidou-se na prisão
Konstantin von NeurathMinistro das Relações Exteriores, Protetor da Boêmia e Morávia15 anos
Franz von PapenMinistro e vice-chancelerAbsolvido
Erich RaederComandante-chefe da KriegsmarinePrisão perpétua
Joachim von RibbentropMinistro das Relações ExterioresMorte por enforcamento
Alfred RosenbergIdeólogo do racismo e Ministro do Reich para os Territórios Ocupados do LesteMorte por enforcamento
Fritz SauckelDiretor do programa de trabalho escravoMorte por enforcamento
Hjalmar SchachtPresidente do ReichsbankAbsolvido
Baldur von SchirachLíder da Juventude Hitleriana20 anos
Arthur Seyss-InquartLíder da anexação da Áustria e Gauleiter dos Países BaixosMorte por enforcamento
Albert SpeerLíder nazi, arquiteto do regime e Ministro de Armamentos20 anos
Julius StreicherChefe do periódico anti-semita Der StürmerMorte por enforcamento

Fatos Ocorridos depois da Segunda Guerra Mundial

O fim da Segunda Guerra trouxe um grande prejuízo ao continente Europeu. Sendo o maior palco dos conflitos, o Velho Mundo fez parte de números inimagináveis. O conflito contabilizou um gasto total de 413, 25 bilhões de libras, fabricou mais de 296 mil aviões e 53 milhões de toneladas de equipamentos navais. Por todo o mundo, cerca de 45 milhões de vidas foram ceifadas, sendo a grande maioria de inocentes.
Por outro lado, existiram aquelas nações que viram no sangrento conflito uma grande oportunidade de ganho econômico. Os canadenses fabricaram mais de 16 mil aviões e 3 milhões de navios. Em curto espaço de tempo, ampliou sua indústria de metais pesados, principalmente nas áreas de alumínio, níquel, cromo e aço. Os Estados Unidos, considerado o maior beneficiário, dobrou o seu parque industrial nos anos de guerra.
Depois de estabilizada a situação, os países aliados começaram a promover os diálogos sobre a situação política e econômica mundial. Inglaterra e Estados Unidos assinaram a Carta do Atlântico, documento onde abriam mão de qualquer ganho territorial e defendiam a soberania das nações envolvidas. Entre os anos de 1943 e 1945, diversas reuniões internacionais foram realizadas com o propósito de selar diferentes acordos diplomáticos.
Na Conferência de Teerã, de novembro de 1943, União Soviética, Estados Unidos e Inglaterra definiram a incorporação das nações bálticas e elaboraram uma possível divisão do Estado alemão. Em fevereiro de 1945, a Conferência de Ialta reafirmou o princípio de autodeterminação dos povos e a instalação de regimes democráticos. Alemanha e Áustria perderam sua autonomia política, sendo divididas em diferentes zonas de ocupação.
A última e mais importante reunião de líderes mundiais aconteceu na Conferência de Potsdam, ocorrida entre julho e agosto de 1945. Os líderes soviéticos defendiam total autonomia no processo de reorganização política dos territórios ocupados na Europa Central. Em resposta, os líderes ocidentais eram contrários à intervenção soviética na região mediterrânea e na África. Os territórios alemães foram fragmentados em zonas de ocupação francesa, britânica, estadunidense e soviética.
Com relação às punições deferidas contra os alemães, ficou acordada uma multa indenizatória de 20 bilhões de dólares, sendo metade destinada à União Soviética. A indústria bélica alemã foi anulada, a indústria pesada sofreu limitações e instalou-se um tribunal internacional destinado ao julgamento das principais lideranças do regime nazista. Entre 1945 e 1946, o chamado Tribunal de Nuremberg sentenciou vinte e um líderes nazistas.
Depois de tais acordos, o continente europeu passou por um processo de divisão por zonas de influência política. Os soviéticos dominaram a região oriental da Europa dando força política aos partidos políticos comunistas na Albânia, Bulgária, Romênia, Hungria Tchecoslováquia e Polônia. Na região da Iugoslávia as frentes anti-nazistas, independentes do poderio soviético, instalaram um governo comunista liderado pelo general Josip Broz Tito.
A parcela ocidental da Europa foi influenciada pelos Estados Unidos. Com exceção de Portugal e Espanha, a região foi dominada por diversos governos democrático-liberais. Ao Japão foi imposto o Tratado de São Francisco, que declarou aos japoneses a perda de todos os territórios conquistados durante a guerra. Com o avanço comunista no Extremo Oriente, os EUA resolveram financiar a reestruturação da economia nipônica. Dessa maneira, foram dados os primeiros passos da chamada Guerra Fria.


Mais Informações:http://guerras.brasilescola.com/seculo-xx/o-mundo-depois-segunda-guerra-mundial.htm

Mapas









Livros sobre Nazismo

" A Biblioteca Esquecida de Hitler " - (Timothy W. Ryback)
Em A biblioteca esquecida de Hitler,Timothy Ryback mapeia as leituras do ditador alemão, destacando os autores e obras que exerceram maior influência sobre a formação do Führer.
Sabe-se que as três bibliotecas particulares de Adolf Hitler, localizadas em Berlim, Munique e no refúgio de Obersalzberg, nos Alpes bávaros, chegaram a abrigar mais de 16 mil volumes. O mais enigmático dos genocidas do século XX possuía coleções completas de Shakespeare, Goethe, Schiller, Kant e Fichte, encadernadas com ostensivo luxo e assinaladas com o característico ex-libris nacional-socialista. Livros sobre ocultismo e misticismo racial também despertavam a atenção do leitor assíduo, porém caótico, que se vangloriava de ler ao menos um livro por dia.

" As Mulheres Do Nazismo " - (Wendy Lower)
Consultora do Museu do Holocausto e especialista que há décadas pesquisa e escreve sobre o genocídio judaico, a norte-americana Wendy Lower recupera, em As mulheres do nazismo, a terrível história das mulheres alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. No livro, Lower descreve uma geração perdida, anestesiada pela propaganda hitlerista e movida por um fervor nacionalista doentio. Uma geração de mulheres jovens – enfermeiras, professoras, secretárias, entre outras – que enxergaram o nazismo como uma opção profissional ou quase matrimonial, sem vislumbrar os horrores que viriam depois. Em As mulheres do nazismo, Lower tenta decifrar o que levou tantas mulheres a se transformar em assassinas durante a Segunda Guerra Mundial, revelando uma faceta pouco conhecida do conflito.

" As Relíquias Sagradas de Hitler " - (Sidney D. Kirkapatrick)
Na Alemanha devastada pela Segunda Guerra Mundial, um grande mistério envolve as obras de arte e as antiguidades roubadas pelos nazistas. Este livro conta a história real do tenente e historiador da arte Walter Horn, que sai à procura de tesouros valiosos para o povo alemão que haviam desaparecido. Nessa jornada, Horn desvenda as origens místicas do nazismo e um plano para a criação do Quarto Reich.
Pouco antes da invasão da Alemanha pelas forças aliadas, um bunker secreto foi cavado sob o Castelo de Nuremberg. Dentro dele, uma câmara especial continha os tesouros saqueados que Hitler mais valorizava: as Joias da Coroa do Sacro Império Romano e a Lança Sagrada, que teria dilacerado o flanco de Cristo na cruz.
Mas quando o Exército americano se preparava para invadir Nuremberg, cinco das preciosas relíquias desapareceram. Quem as teria levado da câmara subterrânea? Por quê? Após o fim da guerra, o mistério ficou sem solução até que o general Eisenhower, comandante dos Aliados, ordenou que o tenente Horn, professor licenciado da Universidade de Berkeley, procurasse os tesouros desaparecidos.

" Cartas para Hitler " -  (Henrik Eberle)
O povo alemão escreveu muitas cartas para Adolf Hitler. Com uma política que pretendia enaltecer seu povo, o Führer, no auge de sua popularidade, contava com a veneração de muitos, mas não faltaram aqueles que se opunham à sua forma de governo como revelam cerca de 12 mil cartas de pessoas que queriam expressar seus sentimentos. Em 1945, por exemplo, num momento em que Hitler já sofria com a queda da sua popularidade, apenas 100 mensagens de feliz aniversário foram recebidas. "Cartas para Hitler" traz algumas dessas mensagens, ao mesmo tempo em que analisa o cenário e os acontecimentos históricos na época em que as cartas foram recebidas.


"Hitler e o Nazismo" - (Dick Geary)
Dick Geary, um dos maiores especialistas da história da Alemanha do século XX, analisa temas chaves do nazismo em Hitler e o nazismo. O autor aborda a relação entre povo e o governo durante o Terceiro Reich, a complexidade das redes de poder dentro da Alemanha depois de 1933, as transformações sociais no Terceiro e o papel da mulher na sociedade nazista.
Dick Geary demonstra até que ponto, na Alemanha, as mentalidades foram transformadas e as identidades, destruídas. Partindo de questões como as origens das ideias antissemitas e antissocialistas de Hitler e os motivos por que o governo parlamentar da República de Weimar entrou em colapso apenas em 1929-30, ele discorre sobre a ascensão de Hitler e do nazismo na Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial.

"Nazismo, Cinema e Direito" - (Gabriel Araújo de Lacerda)
Neste livro, Gabriel Lacerda demonstra sua prática em sala de aula de instrumentalizar o ensino do direito através do cinema e o desejo de tornar vivo, trazer para a realidade e para o cotidiano dos alunos situações e conflitos que parecem distantes e pouco palpáveis, mas tão presentes na sociedade.

"Nietzsche, O profeta do Nazismo, o Culto do Super-Homem" - (Abir Taha)
Este livro analisa a influência de Nietzsche sobre a ideologia nazista, concentrando-se em como os nazistas se apropriaram da maioria dos conceitos e ideais nietzschenianos para adequá-los à sua própria doutrina. A autora pretende estabelecer uma relação entre a doutrina secreta nazista e a filosofia de Nietzsche, revelando tanto o caráter oculto do nazismo esotérico como o arianismo pagão de Nietzsche.


"O Menino do Pijama Listrado" - (John Boyne)
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

" Olga " - (Fernando Morais)
A obra fala sobre a vida de Olga Benário, jovem militante comunista alemã, de origem judaica, que após participar de uma ação paramilitaraudaciosa, na qual libertou seu companheiro de militância e namorado Otto Braun da prisão de Moabit, Alemanha, resultando na fuga de ambos para a União Soviética, envolveu-se com o militar e políticocomunista brasileiro Luís Carlos Prestes.

" Os Últimos Nazistas: A Caçada aos Seguidores de Hitler " - (Mark Felton)
Os perversos crimes cometidos pelos nazistas sempre deixarão a humanidade estarrecida, e é grande o interesse pela caçada àqueles que, desde 1945, fogem da justiça. Um número surpreendente de criminosos de guerra permanece vivo, mesmo depois do fim da guerra. O Simon Weisenthal Center iniciou a campanha "Última Chance" em 2008 para capturá-los. Desde 2001, nada menos que 76 criminosos de guerra nazistas e seus colaboradores foram condenados, sendo que metade deles residia nos Estados Unidos. No entanto, o autor revela que há muitos outros, vivos e livres, e as histórias deles não ficam menos chocantes com o passar do tempo.

A obra trata também dos criminosos que morreram recentemente, antes de irem a julgamento, e daqueles tiveram êxito em escapar da justiça ou cumpriram penas excessivamente leves. O autor não poupa qualquer esforço para chocar o leitor com seu relato dos crimes malignos cometidos por esses homens e mulheres.